Ontem, segunda feira, dia 09 de agosto de 2021, saiu o relatório do IPCC.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas, surgiu 1988 com a intenção de ser uma fonte confiável de informações sobre as mudanças climáticas. E desde então, reúne, a cada seis anos, toda a literatura científica existente no campo.
Sua publicação apresenta o consenso de governos-membros global a respeito dos efeitos da ação humana no aquecimento global com base em três aspectos: clima, adaptação e mitigação.
A avaliação revela uma ligação muito clara entre a atividade humana e o aquecimento global, um “código vermelho” para a humanidade, segundo António Guterres, secretário-geral da ONU.
E como consequência dessa relação, eventos extremos gerados pela emissão de gases do efeito estufa e a temperatura média do planeta continua a subir.
Por isso é fundamental agir. O calor extremo, incêndios, chuvas intensas e enchentes serão consequências trágicas e se repetirão com frequência e impactos cada vez maiores.
O relatório mostra que a temperatura subiu entre 0,25°C e 1,2°C, desde o final do século 19, sendo que o ponto de inflexão foi estabelecido em 1,5°C.
Para o aquecimento global fique abaixo desse patamar, será necessário zerar as emissões de gases de efeito estufa o mais rápido possível e para isso, carvão e combustíveis fósseis precisam parar. E caso se ultrapasse essa barreira, mesmo que por pouco, teremos uma catástrofe.
Os cenários possíveis são: no caso de baixa emissão, haverá temperatura de até 1,6°C e 35 centímetros de elevação do nível dos oceanos. No cenário de alta emissão, a temperatura sobe 3°C e o nível dos oceanos, 1 metro. E com o derretimento das calotas polares, o nível dos oceanos será o suficiente para colocar embaixo d'água boa parte da humanidade.
Em relação ao Brasil, o relatório mostra que devemos ter uma pressão maior para reduzir o desmatamento da Amazônia. Segundo Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, “Os resultados do IPCC implicam que a redução drástica do desmatamento na Amazônia será um elemento essencial da conta da estabilização do clima nos próximos anos”.
Claro que para a regeneração do meio ambiente e contra a crise climática, é fundamental que todos contribuam. Não podemos esperar que os governos comecem, nem empresas. A ações começam dentro de nossas casas, nas escolas, nas ruas, nas conversas entre amigos, no trabalho. É preciso estar em todas as esferas.
E precisamos ser empáticos desde já, pois do contrário, nós e as próximas gerações, seremos atingidos.
Aos que estão atentos a esse nada novo cenário, o que será preciso para começarmos a agir?