O mundo está se transformando rapidamente e a população tem crescido cada vez mais. Consequentemente, a quantidade de resíduos sólidos gerada pelas embalagens aumenta também.
Em 2019, a produção de lixo no Brasil foi de 79 milhões de toneladas, sendo que impressionantes 37% (29.4 milhões de toneladas) foram descartados de maneira inadequada, em lixões ou aterros, ambos prejudiciais ao meio ambiente. É neste cenário que se torna cada vez mais importante discutirmos qual tipo de embalagem utilizamos em nosso dia a dia, principalmente quando temos empresas como a Natura, que em 2020, já obteve como resultado a destinação adequada de 50% de suas embalagens para a reciclagem. Ou seja, é possível mudar esse cenário se o tema for levado a sério.
O mundo das bebidas tem sido um dos que mais tem sofrido transformações nesse sentido. As empresas do ramo, como Ambev e Heineken, já enxergam sustentabilidade como estratégia de vendas. Um bom exemplo é a venda de água em lata, que causou burburinho no lançamento e hoje tem adesão de cada vez mais empresas. O impacto é positivo, uma vez que 97.40% das latinhas de alumínio são recicladas, enquanto apenas 1.28% das garrafas plásticas eram reaproveitadas.
Segundo dados apresentados pela Ball Corporation no Fórum ABRE de Sustentabilidade, 43% dos consumidores enxergam responsabilidade ambiental como um diferencial para compra de um produto, porém 59% do público tem dificuldade de diferenciar embalagens sustentáveis. Portanto, entende-se que um próximo passo deveria ser uma melhor comunicação das marcas para o público em relação a como elas estão contribuindo para um mundo melhor. O desafio é como fazer isso de forma transparente e evitando o green washing.
Fontes:
https://www.menos1lixo.com.br/posts/entenda-porque-beber-agua-na-latinha-e-melhor-pro-planeta