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Para Ibope, 77% dos brasileiros não querem crescimento que leve a dano ambiental

Para Ibope, 77% dos brasileiros não querem crescimento que leve a dano ambiental
Fernando Antônio Beltrame
fev. 15 - 5 min de leitura
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O brasileiro está preocupado com o aquecimento global e com impactos ao ambiente no País, em especial com as queimadas dos biomas brasileiros. Considera que a proteção ambiental é mais importante que o crescimento econômico, caso este resulte em algum prejuízo ao ambiente. E entende que cabe principalmente aos governos o papel de conter esses problemas.

É o que revela uma pesquisa do Ibope Inteligência – encomendada pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) em parceria com o Programa de Comunicação de Mudanças Climáticas da Universidade de Yale – que avaliou qual é a percepção do brasileiro sobre essas questões. 

Quando questionados sobre o que consideravam mais importante – se proteger o meio ambiente, mesmo que isso signifique menos crescimento econômico e menos empregos, ou se promover o crescimento econômico e a geração de empregos, mesmo que isso prejudique o meio ambiente –, 77% dos entrevistados ficaram com a primeira alternativa e 14% com a segunda. Não souberam ou não responderam 8%.

A pesquisa foi feita entre setembro e outubro do ano passado, num momento em que o País inteiro sofria com queimadas – em especial na Amazônia e as históricas no Pantanal – e com ondas de calor que levaram a recordes de temperatura. Em meio a um noticiário intenso sobre o assunto e sobre críticas que o Brasil vinha recebendo do exterior, a maioria dos 2,6 mil entrevistados pela pesquisa em todo o País indicou que o crescimento econômico não pode se sobrepor ao cuidado com o ambiente. Entre os ouvidos, 44% eram do Sudeste, mas houve participantes de todo o País. Do total, 40% eram das classes AB, 40% da classe C, e 20% das classes DE. As entrevistas foram realizadas por telefone. 

Anthony Leiserowitz, diretor do programa de Yale, que faz esse tipo de pesquisa de opinião pública sobre o tema já há mais de uma década nos Estados Unidos, afirmou ao Estadão que o dado também é consistente com o que eles já observaram nos EUA e em outros países. “A maioria das pessoas entende em algum nível que uma economia saudável depende de um ambiente saudável. Destruir o meio ambiente é uma receita para a dor a longo prazo”, diz.

Para Rosi Rosendo, diretora de contas do Ibope Inteligência, responsável pela pesquisa, a alta prioridade dada à proteção ambiental, mesmo em detrimento ao crescimento econômico, “é coerente com a percepção que as pessoas têm sobre o aquecimento global e a preocupação que têm com o ambiente”. Ela destaca dois pontos do levantamento: 78% consideram o aquecimento global um tema muito importante e 61% disseram que estão muito preocupados com o meio ambiente em geral.

É quase unânime entre os brasileiros a percepção de que o aquecimento global está acontecendo (92%) e cerca de oito em cada dez consideram que ele é causado principalmente pela ação humana (77%). A maioria também acredita que o aquecimento global pode prejudicar muito as gerações futuras (88%), mas teme também por si mesmos e suas famílias (71%) no curto prazo.

Nesta quinta, em coletiva à imprensa, Leiserowitz pretende discutir a diferença desses dados com o do público americano. “É notável como os brasileiros estão muito mais convencidos de que a mudança climática está acontecendo, é causada pelo homem e é um problema sério do que os americanos. Isso indica que a questão não está tão polarizada politicamente no Brasil como se tornou nos Estados Unidos”, disse.

Na última pesquisa desse tipo feita por Yale nos EUA, divulgada em setembro do ano passado, 63% dos americanos se disseram preocupados com o aquecimento global – o número, porém, esconde diferenças regionais gritantes. Enquanto no condado de São Francisco, na Califórnia, a preocupação é de 79%, em Loving County, no Texas, é de apenas 39%.

No Brasil, a diferença mais significativa ocorreu por idade e nível de educação. A importância ao tema foi maior entre os mais jovens e mais escolarizados. Por outro lado, apenas 25% disseram entender muito sobre o assunto.

(…)

Matéria por Giovana Girardi para O Estado de S.Paulo em 04 de fevereiro de 2021. Leia a matéria completa clicando aqui.


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